quinta-feira, 7 de março de 2013

A montanha do Capitão

    Caminhando pelas nuvens antípodas ao que se passava naquele momento , o capitão buscava aquela uma vez citada montanha dos sonhos.Ele a buscava apenas para sentar em seu topo e se convencer de que nunca é tão difícil quanto parece. Caminhando ele conseguia imaginar a distancia que ela estava dele.Ela, aquela menina com amor nos olhos e flores nos cabelos.Pensava tanto nela que por vezes podia sentir sua respiração profunda e tão interna quanto pensamentos que ainda não chegaram a luz.As nuvens eram brancas profundas e carregadas de um vapor roxo com verde , o que as tornavam perfeitas para esconder uma montanha que se mantinha desde o antes ser antes. A montanha que um dos 4 reis, o Velho ,havia deixado lá após ter adormecido e visto uma monumental elevação envolta por nuvens em uma visão enquanto descansava, esse foi o primeiro sonho do conhecido mundo : A montanha.
    Chegando ao pé da montanha a angustia já podia ser sentida deixando seu peito.O clima era tão calmo internamente que parecia o fim de toda uma jornada, quando na verdade o mais próximo de um fim que aquele momento poderia chegar seria o fim de uma intensa caminhada.Suspirou fundo se sentou (já no topo) e a calma lhe trouxe um presente.O som do motor velho de um dirigível que por ali passava borrifando vapor e soltando sonhos pelas nuvens para alimentar a beleza que os céus detém para a admiração de visionários,velhos,loucos,solitários e amantes.Para qualquer um que estivesse disposto a ter uma visão contemplativa do tudo por alguns anos.
     A pequena fuga para o topo da montanha alimentou a sedenta gula por paz e satisfação do jovem capitão que podia tocar um novo sentimento já conhecido mas esquecido a algum tempo.Seria felicidade?calma?Ele não podia dizer por simplesmente não saber.Com a chegada de um impulso ele pula e deixa para trás com gratidão o topo da montanha que lhe trouxe aquela nova sensação esquecida pelo capitão.
                                                                                 Ulisses Fracarri

2 comentários:

  1. Ual, que texto forte, Ulisses! É intrigante encontrar o momento de paz quando se decide isso que o protagonista fez. Nesses dias tinha pensado na mesma coisa, por um momento eu fechei meus olhos e me imaginei jogando de um topo de uma montanha... Também senti essa paz. É algo que não pode ser explicado de maneira simples, na verdade, acho que ele sempre será forte.

    Gostei demais dos seus textos! Te encontrei nos comentários do DDQ. Estou seguindo e tentarei acompanhar aqui.

    Beijos,
    Arih (http://eppifania.blogspot.com.br)

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    1. Olá Arianne,fico muito feliz que você gostado do texto, de verdade. E esse blog é composto por dois colaboradores a Valentina e o Ulisses. Os que não forem da Valentina sempre terão a assinatura do Ulisses no fim. Mas mesmo assim, muito obrigada pelo elogio :) Ficamos muito felizes :) V.

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